Análises, Surtos e Etc

Vitrine do meu trabalho.

Monday, April 10, 2006

Posso ser feliz/

Posso ser feliz: (no dmt - dicionário da minha turma) quando acaba de comer você sorri para a pessoa mais próxima mostrando bem os dentes e pergunta “posso ser feliz?”. Se a resposta for sim seu dente está limpo. Se não, não.

Coisa louca mesmo é essa história de não ter emprego. Eu quero, eu posso, eu sei que sou capaz, mas não tenho emprego.
Espera aí, vou me retificar: até que tem, vira e mexe aparece um ou outro, mas nada na minha área e, afinal de contas, eu me formei e quero muito poder atuar.
Vou seguindo entre uma decepção e outra sempre com aquela esperança forte e real, abatida algumas vezes, mas jamais fora de campo.
Por que a verdade mesmo é que tem hora que dá aquela vontade de jogar tudo - família, amigos, auto- estima e namorado - pro alto e fugir, desligar o celular só pra ver se alguém me acha, já que eu mesma não estou conseguindo me encontrar.
E a tal da sensação de estar perdida é algo um tanto quanto desconfortável é aquela calça que te deixa com o cofrinho de fora, é a boca suja de maionese que ninguém te avisa, é aquele furo que te deixa com a cara no chão.
E é muito mais que tudo isso, porque quanto mais você procura mais você acha e mais você se confunde e esquece o que estava procurando no começo.
“É só focar”, eu ouço por aí e tenho vontade de responder “ah é só socar? ” - a sua cara deve ser”!!

Wednesday, April 05, 2006

Sorry

Quem disse que perdoar não dói? Mentira. Dói sim. Mas a dor é a libertação. Essa dor que se sente perdoando mistura uma sensação de alívio, com um certo desconforto pelo que passou e o medo de do que virá. (EGO) . Mas quando finalmente perdoamos conseguimos vislumbrar por um milésimo de segundo o quanto podemos dar. Que benção é doar. Como é bom não se economizar!
O perdão ao outro é mais próprio do que ao próximo. É um despir-se de orgulho e crenças limitadoras. É um ato de compaixão, de empatia. Conseguir perdoar é aparentemente óbvio, mas é, de fato, uma alta na bolsa dos valores.
Perdão é algo dolorido. Pedi-lo é mais fácil do que concedê-lo. Quem pede, sinceramente, pede por algo que já aconteceu, um erro, um deslize. Desculpar-se é sua ultima, talvez única, alternativa. A quem pede perdão, já não sobra muito. Tomou sua decisão equivocada, está vivendo as conseqüências disso. Mas apesar de sua dor e de seu sofrimento, sente-se um pouco mais leve por admitir seu feito e até um tanto forte por ter coragem de encarar essa situação.
Ao que pede perdão não há mais nada a fazer além de esperar por sua sentença. Para ele o pior é esperado. Mas ainda há esperança. E ele espera.
Aquele que deve perdoar está magoado, ferido, decepcionado. Sente-se dividido. Sua confiança foi abalada, será que é merecida uma nova chance? E se voltar a acontecer? Estou sendo muito duro? Estou sendo tolo?
Ele que era a vítima é agora também juiz de um ato que não cometeu. Mas qual será sua responsabilidade nisso tudo? O que fazer? Virar as costas é dolorido, mas pode ser a melhor solução. A quem é solicitado perdão resta a intuição, o bom senso e a oração.
Ambos têm em comum o medo e a esperança. Muitas vezes um e outro são a mesma pessoa. O ser que não se aceita e vive a cobrar-se e punir-se, como júri e réu de um crime constante.
O perdão lida com todos os tempos: um passado mal escrito, um presente ainda mudo e um futuro pálido de expectativas.
Perdoar dói porque bate de frente com a necessidade de se proteger e faz cair máscaras. Dói porque desnuda. Dói por ser entranho e magnífico. Dói por ser contraditório. Dói por ser complicado até que se torne simples.
Perdoar é amar. É seguir em frente, aceitar, ouvir com o coração, sentir medo e enfrentar. Perdoar é chorar, é não ter certeza e ainda arriscar. Perdoar não é ganhar o céu, é perder o chão, perder o juízo, perder a razão. E ganhar o recomeço, a continuação.
Afinal, o que é o perdão? É entender racionalmente o que se passou, aprender a não julgar, admitir que nada sabe e perceber que superou. Ter coragem de buscar lá no fundo a verdade do AMOR.
Perdoar é expressar uma imensa fragilidade e mais do que nunca sentir-se forte. Perdoar é um ato de realizar a Energia Divina internamente. Perdoar é evoluir. Perdoar é viver.
O perdão é o mais forte de todos os abraços, pois une almas cristalinas na humildade e na fé. Perdoar é ascender.
Mas como é difícil!

Partindo para novos vôos


Partindo para novos vôos eu sigo em frente e deixo pra trás um monte de gente.
Gente que queria levar comigo, dentro do meu umbigo.
Gente que aprendi a amar, a admirar. Gente que entrou na minha vida de repente e já tem um lugar no meu coração.
Gente, eu tenho uma notícia pra vocês: eu não esqueço vocês não!
Porque eu tenho mesmo esta coisa que não sei é qualidade ou defeito, mas não deixo ninguém sair da minha vida, não tem jeito.
Agora eu só tenho a agradecer por ter conhecido cada um de vocês. Eu só tenho a recordar os momentos vividos.
Todos me ensinaram muito. Palavras, sorrisos, gestos, manias, piadas, olhares, carinhos. Tanto os que eu pude abraçar, quanto os que não consegui, carimbaram individualmente minha alma com aquilo que têm de mais especial. Impossível descrever, mas é sensacional.
Depois de vocês eu jamais serei a mesma, depois de vocês eu sou muito melhor, mais feliz, mais completa. Depois de vocês meu céu tem mais estrelas, meu jardim tem mais flores, meu messenger mais contatos, meu orkut mais amigos, minha agenda mais telefones.
Enquanto eu existir, vocês existirão em mim, impressos no meu dia- a- dia, na distância sempre presente, na saudade...até que eu não agüente.
Queridos personagens reais que atraí sem querer querendo, quanto eu descobri, quanto estou aprendendo, quanto vocês agregam enquanto vou vivendo. E quantos ainda farão parte desta minha calçada da fama particular?
Não sei. Só sei que a energia de cada ser que por um milésimo de segundo figura em minha história, jamais será esquecida, está pra sempre tatuada em minha memória, está pra sempre livre em minha vida.

O oposto do medo

Qual o oposto do medo?
Do Amor é o ódio. Da alegria, a tristeza.
Mas o medo...medo não tem oposto.
A coragem é claro! É claro que não, a coragem é o oposto da covardia.
Assim como a noite é o oposto do dia.
Como o sim é o oposto do não.
O frio é o oposto do quente, e o molhado do seco.
O rígido é o contrário do flácido, bem como o salgado é o contraponto do doce.
Em cima e em baixo. Fundo, raso. Alto, baixo.
Pobre, rico; gordo e magro.
Bonito e feio. Yin e yang.

Tudo têm o seu oposto que é a sua anulação.
Ou seu equilíbrio. O meio termo.
Mas o medo não tem meio, nem mais e nem menos.
Ou é ou não é. Ou tem ou não tem.
Pouco medo até existe, muito medo também.
Mas meio medo??? Ah, isso não tem.

Se não tem oposto como atingir, como anular, como equilibrar, como combater, como solucionar?
Não tem oposto, mas tem antídoto: a FÉ, que dá força pra encarar.
O medo é uma grandeza proporcional à maturidade. Quanto mais maduro, mais intenso torna-se o medo. E por isso mesmo mais profunda deve tornar-se a FÉ.

Não acredite no que vê. Acredite no que é.